Quer de noite quer de dia
O casal que nela mora
É o Joaquim e a Lia
Oh que casa tão bonita
À entrada tem uma videira
E o dono dela chama-se
Manuel Albino Pereira
Quase ao fundo do povo
Mas não está sozinha
A casa que ali vemos
É do Joaquim Pontinha
Feita de velho granito
de granito bem agreste
É a casa onde mora
Uma senhora chamada Celeste
Casa não muito antiga
Mas com uma fachada linda
Esta casa onde mora
A senhora Olinda
Casa de grandes tradições
de cantigas foi sinónimo
A casa onde morou
O senhor Joaquim Jerónimo
Foi mandada construir
Por alguém bem português
Agora é habitada
Pelo Joaquim e pela Inês
É chamada a casa alta
bem no largo da Lameira
Nela mora o José Lourenço
E a senhora Lídia Pereira
Não é uma casa só
Porque tem muitas vizinhas
A casa onde mora
O António das Fontainhas
Nasceu no Lamegal
E não foi pró Manigoto
Veio para o carvalhal
O senhor Abel Guilhoto
Anda por terras de França
Mas tem a sua casinha
Na aldeia do Carvalhal
O Adalberto Pontinha
Quando se quer um salgueiro
Por norma vai-se à ribeira
Hoje viemos primeiro
Ver o Joaquim Oliveira
O frigorífico é bom
Pois nele nada se estraga
Viemos cantar as janeiras
Ao Artur Jacinto Fraga
Tem sempre uma boa pinga
E também um bom fumeiro
O morador desta casa
É o senhor Joaquim Ribeiro
Não há bem que não acabe
Nem há mal que sempre dure
Viemos cantar as janeiras
Ao senhor Joaquim Ventura
Aqui mora gente de bem
Já ouve alguém que o disse
E nós dizemos também
É o Luís e a Alice
Todos temos o nosso feitio
Cada qual é como é
Nesta casa de vez em quando
Mora o Francisco José
A vida vai-se fazendo
De alegrias e azares
E quem mora nesta casa
É o casal Soares
No sítio das Fontainhas
Já morou muita gentinha
Hoje para azar dela
Mora a Natercia sozinha
Aqui mora o Zé Gonçalves
Conhecido por Zé João
Que também já foi mordomo
Do nosso São Sebastião
Quando há um grupo a cantar
Há alturas que desafina
Nós viemos cumprimentar
O Francisco e a Carolina
Vimos aqui por amor
E não por falsidade
Cumprimentar uma pessoa
A senhora Piedade
Quando se saúda alguém
Deve-se ter bom senso
Nós saudamos também
O José Luís Lourenço
Uma construção bonita
Para ela dá gozo olhar
A senhora que nela habita
É a Dª Palmira Gaspar
Janeiras e desgarradas
São feitas de cantares
Esta casa é pertença
Da família dos Vilares
Oxalá que esta ronda
Não seja nenhum fiasco
Vimos cantar as Janeiras
À porta do Senhor Vasco
Às vezes está habitada
Mas hoje não é assim
Não está nenhum dos Amarais
Nem o António nem o Joaquim
Nós cantamos para todos
Não o fazemos por partes
Também cumprimentamos
O senhor José Marques
Há quem goste de cerveja
Outros gostam mais de vinho
Viemos dar as boas tardes
Ao nosso amigo Méquinho
Quando se começa a cantar
Os versos não tem fim
Também vimos saudar
O Américo do Bandolim
Autor: António Lourenço
Sem comentários:
Enviar um comentário