quinta-feira, 5 de março de 2009

Parabéns ao poeta

Casa de portas abertas
Quer de noite quer de dia
O casal que nela mora
É o Joaquim e a Lia

Oh que casa tão bonita
À entrada tem uma videira
E o dono dela chama-se
Manuel Albino Pereira

Quase ao fundo do povo
Mas não está sozinha
A casa que ali vemos
É do Joaquim Pontinha

Feita de velho granito
de granito bem agreste
É a casa onde mora
Uma senhora chamada Celeste

Casa não muito antiga
Mas com uma fachada linda
Esta casa onde mora
A senhora Olinda

Casa de grandes tradições
de cantigas foi sinónimo
A casa onde morou
O senhor Joaquim Jerónimo

Foi mandada construir
Por alguém bem português
Agora é habitada
Pelo Joaquim e pela Inês

É chamada a casa alta
bem no largo da Lameira
Nela mora o José Lourenço
E a senhora Lídia Pereira

Não é uma casa só
Porque tem muitas vizinhas
A casa onde mora
O António das Fontainhas

Nasceu no Lamegal
E não foi pró Manigoto
Veio para o carvalhal
O senhor Abel Guilhoto

Anda por terras de França
Mas tem a sua casinha
Na aldeia do Carvalhal
O Adalberto Pontinha

Quando se quer um salgueiro
Por norma vai-se à ribeira
Hoje viemos primeiro
Ver o Joaquim Oliveira

O frigorífico é bom
Pois nele nada se estraga
Viemos cantar as janeiras
Ao Artur Jacinto Fraga

Tem sempre uma boa pinga
E também um bom fumeiro
O morador desta casa
É o senhor Joaquim Ribeiro

Não há bem que não acabe
Nem há mal que sempre dure
Viemos cantar as janeiras
Ao senhor Joaquim Ventura

Aqui mora gente de bem
Já ouve alguém que o disse
E nós dizemos também
É o Luís e a Alice

Todos temos o nosso feitio
Cada qual é como é
Nesta casa de vez em quando
Mora o Francisco José

A vida vai-se fazendo
De alegrias e azares
E quem mora nesta casa
É o casal Soares

No sítio das Fontainhas
Já morou muita gentinha
Hoje para azar dela
Mora a Natercia sozinha

Aqui mora o Zé Gonçalves
Conhecido por Zé João
Que também já foi mordomo
Do nosso São Sebastião

Quando há um grupo a cantar
Há alturas que desafina
Nós viemos cumprimentar
O Francisco e a Carolina

Vimos aqui por amor
E não por falsidade
Cumprimentar uma pessoa
A senhora Piedade

Quando se saúda alguém
Deve-se ter bom senso
Nós saudamos também
O José Luís Lourenço

Uma construção bonita
Para ela dá gozo olhar
A senhora que nela habita
É a Dª Palmira Gaspar

Janeiras e desgarradas
São feitas de cantares
Esta casa é pertença
Da família dos Vilares

Oxalá que esta ronda
Não seja nenhum fiasco
Vimos cantar as Janeiras
À porta do Senhor Vasco

Às vezes está habitada
Mas hoje não é assim
Não está nenhum dos Amarais
Nem o António nem o Joaquim

Nós cantamos para todos
Não o fazemos por partes
Também cumprimentamos
O senhor José Marques

Há quem goste de cerveja
Outros gostam mais de vinho
Viemos dar as boas tardes
Ao nosso amigo Méquinho

Quando se começa a cantar
Os versos não tem fim
Também vimos saudar
O Américo do Bandolim


Autor: António Lourenço

Sem comentários: