domingo, 28 de setembro de 2008

O armário

O armário que vemos na foto, tal como as "porcelanas" que estão no seu interior fazem parte do acervo do museu do Carvalhal.
Quando vi pela primeira vez este belo conjunto museológico e etnográfico, além das peças que o compõem e reparando na decoração feita com jornais, veio-me à memória a decoração da velhinha casa onde vivi os primeiros anos.
Por vezes olhamos para África ou para outros lugares do planeta menos desenvolvidos e espantamos-nos com o desconforto nas habitações ou mesmo a falta delas...
Pois.... mas em época não muito distante vivíamos em condições semelhantes...
... Franqueava-se a porta de entrada e do lado esquerdo encontrava-se uma arca grande onde se guardava o centeio e, servia também como divisória da casa; à sua retaguarda o canto da lenha. Da arca ao tecto a parede era transparente. Reciclavam-se as sacas de plástico do adubo para fazer paredes, cortando assim algumas correntes de ar que no Inverno se formavam entre a lareira e o resto da casa.
A arca do centeio e o canto da lenha eram, sem dúvida, dois elementos de vital importância. A primeira era fonte de sustento da família, o segundo era um espaço amplo onde se descarregavam "carradas" de lenha que alimentava uma lareira que no auge do Inverno podia estar vinte e quatro horas acesa.
Não havia chaminé e o fumo encarregava-se de pintar de preto as paredes interiores da casa, principalmente da cozinha.
Não havia tinta, nem dinheiro para a comprar, pelo que a única forma de atenuar o impacto da fuligem nas paredes era forrá-las com papel de jornal.
A ti Primavera quando via os jornais amarelados do fumo e, se os houvesse, dava "uma nova cara" à cozinha, colocando "novos" jornais nas paredes, onde eu e os meus irmãos íamos lendo as primeiras notícias " já fora de prazo", depois de termos aprendido a soletrar na escola.
Por vezes acontecia uma desgraça. O gato, sempre atento, não perdoava ao rato mais incauto que se quisesse movimentar a traz dos jornais e, vai daí, muitas vezes os jornais que se tinham colado com imenso esforço, utilizando uma mistura de farinha com água, ficavam desfeitos perante a investida do gato.

Visite o museu do Carvalhal.
Recrie na sua memória momentos de infância ou juventude. Se não for o caso... saiba como era...

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

A escola deve ser mais dinâmica



Escola Secundária Pinhel
"Não são as especies mais fortes que sobrevivem, nem as mais inteligentes, mas aquelas que melhor reagem à mudança."Charles Darwin.
Quinta-feira, 5 de Junho de 2008

Bienal - Artes e Ideias

Os leitores deste blog por certo já repararam que tem um link para a Escola Secundária de Pinhel.
Procurei nos blogs de Pinhel e achei que um blog da Escola deveria ter da minha parte uma consideração acrescida. Era importante contribuir para a divulgação do bom trabalho que se estivesse a desenvolver na minha cidade natal ao nível da educação.
Depois de vários meses de espera confesso a minha desilusão. Afinal o blog da escola está "imobilizado " há meses e não faz aquilo que se propunha fazer.
Tem razão o anónimo que fez nesse blog o seguinte comentário:
-Blog muito fraco, informações úteis onde estão elas?
Ainda estão a tempo de mudar senhores professores e estimados alunos da Escola de Pinhel.
Divulguem a minha e vossa cidade ao mundo.
Coloquem a sua história na blogosfera, digam aos leitores que ainda há Senhora da Coluna e Trincheira onde muitos jovens e menos jovens que passaram por Pinhel encetaram os seus primeiros namoros ou engates, como lhes queiram chamar. Digam ao mundo que em Pinhel há bom vinho, não se esqueçam das belas paisagens dos miradouros da trincheira ou das vistas do castelo para a Marofa. Divulguem João Pinto Ribeiro e outros naturais.
Tanto que se pode falar de Pinhel!!!
Senhores Professores a escola já não é a sala de aula, uns cadernos e uns lápis em cima da secretária, deve ser muito mais.
Aqui fica o desafio.

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Vem ao telefone !!!...

Terá sido entre a década de 60 e 70 do século passado que o Carvalhal se ligou ao resto do mundo pelo telefone.
Segundo sei, a opção de colocação do telefone público na casa da Ti Maria Felizarda teve em linha de conta a doença de que foi vitima a sua filha Lurdes que naquela altura teve graves problemas ao nível da visão.
A entrada na aldeia de dois fios que em paralelo e amarrados a pequenas porcelanas sustentados por postes de pinho, espaçados pelo campo, provenientes da cidade de Pinhel e que serviram para nos ligar, por voz, às mais longínquas paragens, foi um marco histórico no desenvolvimento da aldeia.
Hoje em plena era da blogosfera já nos esquecemos das caminhadas que ao longo de muitos anos a ti Maria Felizarda fazia, aldeia abaixo, aldeia acima para, numa voz sumida, gritar às nossas portas e dizer:
- Vem ao telefone!!!...
A ti Maria Felizarda, mulher de poucas palavras, regressava à sua casa, num passo cadenciado, enquanto o chamado ao telefone corria em direcção à cabine para ouvir quem estava do outro lado, não fosse ele pagar muito dinheiro e, para ouvir boas e más notícias ou para matar saudades.
Actualmente passamos horas ao telefone e esquecemos-nos da preciosidade que representava em meados do século passado poder-se auferir de uns instantes de dois fios ligados a um auricular e a um microfone que nos punha em contacto com as famílias em lugares mais distantes.
À ti Maria Felizarda, que já não está entre nós, o nosso obrigado pelas caminhadas que fez para nos encurtar distâncias.

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Parabéns ao Luís Pereira



Arquivo: Edição de 27-08-2008
SECÇÃO: Região
Equipa formada por José Desterro, Luís Pereira e Miguel Teixeira
Bombeiros de Pinhel têm novo comando

Depois de um período de impasse, o novo quadro de comando dos Bombeiros Voluntários de Pinhel tomou finalmente posse, numa sessão pública realizada no início da semana.
A corporação dos Bombeiros Voluntários Pinhelenses tem novos elementos no comando, depois da nomeação ter recebido despacho favorável da Autoridade Nacional de Protecção Civil no dia 20 de Agosto. A tomada de posse decorreu na última segunda-feira, dia em que Pinhel comemorou o Feriado Municipal, numa cerimónia realizada no Largo dos Combatentes.
No cargo de comandante fica José Desterro dos Santos, que já há algum tempo desempenhava as funções de comandante interino, enquanto Luís Soares Pereira foi empossado como segundo comandante e Miguel Teixeira como adjunto de comando.
O presidente da direcção dos Bombeiros de Pinhel, Vítor Silva, aproveitou a cerimónia para apelar à união e ao trabalho em conjunto, no sentido de prestar sempre um bom serviço e ultrapassar eventuais problemas que possam surgir.
“… nos últimos anos, as dificuldades de entendimento entre comando e dirigentes foram reais”
Na qualidade de presidente da Assembleia-Geral da Associação Humanitária, Maia Caetano, destacou o facto de, pela primeira vez, a tomada de posse do comando dos Bombeiros ter acontecido numa cerimónia comemorativa do aniversário da Cidade, considerando que “é importante que se dê mais visibilidade aos actos que digam respeito à corporação”.
Maia Caetano não escondeu a preocupação com o impasse verificado “pela ausência oficial de comando”, “tanto mais que, nos últimos anos, as dificuldades de entendimento entre comando e dirigentes foram reais”. Ultrapassado esse impasse, o presidente da Assembleia-Geral acredita que a nova equipa irá responder “às necessidades de reorganização, dinamismo e paz entre os elementos do corpo activo”. “Vai depender muito do trabalho destes três homens, da sua capacidade de diálogo e de dinamização”, diz, salientando que os três bombeiros “têm provas dadas da sua dedicação e amor às causas dos soldados da paz”. “Acredito nas suas capacidades e força de vontade para garantir que os Bombeiros Pinhelenses vão continuar a merecer, e mesmo aumentar, o carinho e apoio de toda a população e das instituições que a representam”, acrescenta Maia Caetano.
Comandante promete amizade, humildade e bom senso
O comandante prometeu assumir a nova missão assente em princípios como a verdade, a união, a coragem, a amizade, a humildade, a lealdade e o respeito. José Desterro garantiu ainda que procurará agir com bom senso em todas as situações e num espírito de colaboração e entre-ajuda, apostando ainda na simplicidade, “apelando à participação de todos em geral e de cada um em particular para o desenrolar de todas as actividades, de forma a que todos possam tomar parte e sentir-se válidos”.
Presente na cerimónia esteve também António Fonseca, comandante operacional distrital da Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC), que fez votos para que os Bombeiros de Pinhel tenham ultrapassado as “vicissitudes” que atingiram a corporação. António Fonseca frisa, de resto, que tudo fará, juntamente com os órgãos sociais da Associação Humanitária, para que “esta equipa possa levar este barco a bom porto”, considerando que os corpos de bombeiros são a coluna vertebral da protecção civil do País, tal como entende a ANPC.
Por: Fátima Monteiro

Notícia extraída do Jornal Nova Guarda, com destaque da responsabilidade do blog

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Homenagem 3 em 1

A Associação Desportiva e Cultural "Os Amigos do Carvalhal" resolveu prestar homenagem aos filhos da terra. Quis de uma forma simples que todos os nascidos no Carvalhal se sentissem identificados com o monumento que irá perpetuar o presente e por isso foram colocadas três lápides no prisma superior -HOMENAGEM AO POVO DO CARVALHAL, HOMENAGEM AOS COMBATENTES DA GRANDE GUERRA e HOMENAGEM AOS COMBATENTES DA GUERRA COLONIAL.
O monumento foi inaugurado em 06/08/2005 por um representante do Governo Civil da Guarda.
Estou ciente que nem todos se identificarão com o simbolismo que se pretende perpetuar, mas estou certo que a maioria aprovou a execução deste pequeno monumento e, para quem não foi militar, como é o meu caso, sempre nos sentiremos representados pela homenagem ao povo do Carvalhal em geral.
Sem pretender ser historiador, mas procurado fixar realidades mais ou menos actuais, para mais tarde se recordarem, aqui vou registar alguns dos que foram combatentes na guerra colonial, de que me recordo ou que me seja prestada informação.
- Joaquim Neto do ti Manuel Neto
- António e Luís do ti José Jaime
- Manuel e António do ti Joaquim Jerónimo
- Manuel do ti José Samuel
- Joaquim Amadeu e Horácio do ti Amadeu Justino
- Viriato do ti António Augusto
- António e Joaquim do ti Manuel Amaral
- António e Joaquim do ti José Amaral
- Paulo da Maria Águeda
- Carlos do ti António César
- José Paulo do ti Manuel Prazeres
- Manuel do ti José Joaquim
- Tenente Coronel Carlos Gaspar
- General Samuel Matias do Amaral.
- José Pereira Gaspar (ver comentário)
Esta lista não é um produto acabado, vai ser actualizada conforme me recorde ou me prestem informação, mesmo relativamente às patentes que cada um tinha.
Façam o favor de escrever para http://pontedaspoldras@gmail.com

domingo, 14 de setembro de 2008

Quantos burros há no Carvalhal?

Certo dia o veterinário de Pinhel deslocou-se ao Carvalhal para proceder a uma campanha de vacinação dos animais domésticos que havia no Carvalhal, com especial incidência, na vacinação do gado vacum e muar. Já lá vão mais de 35 anos.
Andava o Senhor Dr. Veterinário, no Largo das Moreirinhas, muito atarefado na aplicação das vacinas, quando lhe é presente para ser vacinado um burro e não uma burra, razão porque poderia ter pertinência a pergunta, já que burras havia muitas...
O Veterinário fazia-se rodear por diversos proprietários dos animais, entre eles, o Joaquim Oliveira.
Mas, dizia eu, o Dr. preparava-se para vacinar o burro que alguém segurava pela rédia e pergunta aos que o rodeavam
- Quantos burros estão no Carvalhal?
- Dois, respondeu prontamente o Joaquim Oliveira, acrescentando com subtileza
-Este e o outro que nem é de cá.
O Veterinário, que até ali mostrava toda a sua altivez sobre os "parvónios" da aldeia, corou e diz:
- Com essa é que o senhor me ...
Naturalmente que os presentes, pessoas simples mas educadas, procuraram conter a vontade de rir à gargalhada, mas quem não se continuou a conter foi novamente o Joaquim Oliveira, que na sua voz suave de diabo encarnado em anjo, esclarece:
- O outro é de Valverde, senhor Dr....
O veterinário sorriu de alívio. Afinal, podia ser burro, mas pelo menos naquele momento não estava nessa pele.
Lá explicou o Joaquim Oliveira que estaria naqueles dias no Carvalhal um burro que alguém o teria trazido de Valverde.
O de Pinhel, se é que o era ou se sentiu sê-lo, lá continuou a sua campanha de vacinação, mais contido nas perguntas, não lhe fosse novamente reavivada a memória.

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

A nossa memória de infância está em ruínas








Já publiquei um post no qual relatei a homenagem que os antigos alunos da prof. Aurora lhe fizeram este ano. A antiga escola, hoje conhecida por "Casa do Povo" está restaurada, mantém a sua dignidade e é um ponto de encontro de todos os carvalhenses.
Hoje mostro-vos o estado de degradação a que está votada a "escola nova" onde estudaram centenas de crianças nascidas no Carvalhal.
Se a memória não me falha, no ano que entrei na escola primária era frequentada por 32 crianças.
Hoje apresenta-se como a vemos na foto.
Ao tirar as fotografias pude recordar por breves momentos o prazer que tive por ali ali ter recebido as primeiras ferramentas para a minha formação como homem.
Foi ali que, retirados aos trabalhos árduos do campo, muitos de nós demos os primeiros passos numa larga caminhada de aprendizagem que nos levou mais tarde ao seminário , à escola técnica ou ao liceu, onde viemos a reforçar o nosso saber.
Realço que independentemente da pobreza em que se vivia em meados da década de 50 e seguintes do século passado, todas as crianças da aldeia frequentavam a escola, num sinal claro do esforço que os pais faziam para os filhos poderem ir mais longe do que foram os seus horizontes.
O resultado é verdadeiramente positivo e, do que tenho conhecimento hoje, as antigas crianças daquelas épocas, são actualmente cidadãos respeitados no meio social onde se integram, independentemente, do nível académico a que chegaram.
A essência da formação do adulto assenta na educação que recebeu em criança, nomeadamente, da formação que absorveu na escola.
Recordo aqui as minhas professoras primárias. A Emelda, do Safurdão, na primeira classe, a Helena, dos Montes do Jarmelo, na segunda classe e, por último, a Adelaide das Freixedas, na terceira e quarta classe. Onde quer que se encontrem, recebam o meu profundo agradecimento por me terem ensinado, cada uma à sua maneira, a gostar de aprender...
Será que a nossa escola vai continuar votada ao abandono?

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Um óptimo local para construir

A antiga corte das vacas do ti Manuel Simões apresenta-se em ruínas. As silvas vão trepando as paredes dando ao local um aspecto desolador.
É pena ver este local assim degradado, porque estas ruínas têm um terreno adjacente que deverá ter entre os 1500 a 2000 m2, o que permite construir uma moradia com terreno de cultivo ou de jardim junto a ela.
Aqui fica este pequeno alerta para os proprietários e para quem goste de construir no Carvalhal.

domingo, 7 de setembro de 2008

Casa típica

Bem no centro do Carvalhal encontramos uma das casas mais emblemáticas da aldeia. Mandada construir pelo ti César é hoje propriedade do Joaquim Gonçalves. Construída em granito, assente num maciço rochoso tem uma vista brilhante a tardoz, que virada a nascente lhe permite estender horizontes na direcção de Valverde e Almeida.
Teria eu talvez 6 ou 7 anos e, num "belo dia" uma forte trovoada abateu-se sobre a aldeia.
Os raios eram constantes, rasgando o céu em todas as direcções. Ainda não se tinha dissipado o som de um trovão e já estava outro de forma ensurdecedora estalava fazendo vibrar o povoado. Começavam a cair as primeiras pingas de uma forte enxurrada que se avizinhava, o céu tornou-se amarelado, quando um intenso relâmpago se abate sobre a casa do ti César e se houve um estrondo medonho. O impacto da queda da faisca sobre a chaminé da casa do ti César foi terrível. A descarga desceu a chaminé, movimentou uma das grandes pedras que a sustentavam, deslizou sobre a rocha e atingiu a corte do ti Manuel Lourenço onde matou uma das vacas que aí se encontravam.
Estava eu naquele momento junto à porta da casa dos meus pais e a cerca de de 15 metros encontrava-se um grupo de pessoas próximo do lagar do ti Matias. Recordo que no grupo estava um negociante de lã, o Veiga, que se não estou em erro era da Atalaia, o qual foi literalmente projectado uns "largos" metros, indo cair, por coincidência, já dentro da casa do lagar que na altura estava na posse do meu pai e onde estava guardada a lã.
Convivi na aldeia com muitas trovoadas tenebrosas, mas esta ficou-me na memória pelo dano que provocou e pela forma como o dito Veiga voou.
Curiosamente a casa do Ti César, não sofreu mais do que um ligeiro deslize de uma das pedras da Chaminé.

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Quem me tira a dúvida?

Olho para a placa e não fico esclarecido.
A placa é alusiva ao restauro do forno ou antes à reformulação do largo?
Recordo que antigamente o largo tinha ao centro o chafariz e o pio que estão hoje junto ao canto esquerdo da casa do Augusto Pereira, antiga casa do ti Joaquim Sebastião.
A placa assinala a data em que foi retirado o chafariz do centro do largo? A placa é alusiva a um restauro efectuado no forno ou em 1994 houve restauro do forno e do largo?
Responderão a estas minhas dúvidas com a minha incapacidade de ver o óbvio; ou seja a placa assinala a reformulação urbanística do Largo; pelo menos é o que diz a placa. Mas como eu acho que terá sido mais do que isso; aqui fica a minha dúvida.
A foto também nos informa que a localização da placa talvez não seja a mais feliz. De facto, sob a mesma espreita uma data gravada na pedra.
Que assinala essa data?
Data da construção, seguramente que não é. Por informações colhidas junto dos mais velhos, tudo leva a crer que o forno terá mais de 200 anos.
Essa data deve corresponder a obras de restauro no imóvel.
Mas que obras? Que data se esconde debaixo da placa que se vê na foto?
Senhores membros do executivo da Junta de Freguesia, não seria melhor colocar a placa noutro local, mesmo que seja na mesma parede?
Dir-me-ão que terá sido colocada por uma comissão de festas que aplicou o dinheiro no restauro. Tudo bem, mas ninguém é perfeito!!! Entendo que assinalar um facto histórico com placa alusiva é uma óptima ideia; mas não se coloque nas "trevas" memórias anteriores.
Por último, a mensagem!!!
Enaltece o respeito pelo próximo; mas convenhamos que não é passível de uma só interpretação na defesa do valor social do bem fazer.
Quantos dos que já soletraram, entre dentes, ou em pensamento a mensagem, não a interpretaram como um valor de quem nunca pode ficar na mó debaixo?
"Se me dás 3 eu dou-te 4 " não é para mim uma expressão feliz para memorizar para os vindouros o restauro de um imóvel ou de uma via pública... me perdoe o autor da ideia.

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Homenagem à Senhora Professora Aurora Antunes

Foto amavelmente cedida pelo Senhor General Samuel Matias do Amaral
No dia 10 de Agosto de 2008 um grupo de ex-alunos da Senhora Professora Aurora Antunes juntou-se no Carvalhal para prestar a sua homenagem a quem há já muitos anos leccionou no Carvalhal e lhes ensinou as primeiras letras.
Foi, concerteza, um bom momento de convívio em que educadora e educandos puderam relembrar bons momentos vividos naquela época, nesta aldeia simples, mas que se orgulha da sua identidade e dos seus filhos.
A assinalar o evento foi descerrada uma lápide alusiva ao acontecimento que ficou colocada na parede da "casa do povo", antiga escola primária onde estudaram estas crianças, hoje avôs e avós e onde leccionou a homenageada.
Aqui fica o registo dos nomes dos ex- alunos que constam da foto:
Da esquerda para a direita
Manuel Albino, General Samuel Matias do Amaral, Deolinda e Cármina.
Lurdes, Professora Maria Efigénia, a homenageada Professora Aurora Antunes, Maria Pereira, Dulce e Maria de Jesus.
António Almeida, Manuel Paulo, António Porfírio, Aida Amaral, Luz Pereira, Carlota Porfírio e ???
Atrás da Professora Maria Efigénia "escondeu-se" alguém que também não vislumbro quem é.
Estão efectivamente na foto dois conterrâneos que não consigo identificar.
Talvez algum leitor me possa vir a esclarecer.
Também aparece na foto a Celeste Pereira que, segundo informação recebida, não foi aluna da Professora Aurora Antunes.
A todos os meus votos de muita ventura.