sábado, 30 de agosto de 2008

Sempre matreira




O eco propagou-se até à margem direita da ribeira, desde a
ponte do bico às olgas do porto. O tiro, de tão afamado caçador, tinha sido certeiro e ela tombou junto às moitas, nas lapaçeiras.
Aproximou-se, com o cano da caçadeira fez-lhe deslizar a cabeça e, não restaram dúvidas. Ela estava morta.

-Bem morta -pensou ele.
Num ápice deita-a às costas e arrepia caminho em direcção às tapadas do lobo, ruma à cozinha do azinhal, para alcançar rapidamente a sua casa no centro da aldeia.
Os cães que o acompanhavam faziam constantes investidas e só não se lançavam a ela porque o Zé os acalmava e lhes dizia:
- Estejam quietos, está morta, não sejam estúpidos.
Eles, porém, continuavam a arreganhar os dentes e com vontade de se atirar a ela, sendo as investidas constantes.
Mas da raposa, nem um sinal, mantinha-se bem quieta, não fosse o Zé descobrir e dar-lhe um segundo tiro. Pacientemente, aguardava pela melhor oportunidade
Chegou a casa e junto às escadas, resolveu o Zé atirar com ela para o chão, já lhe pesava nas costas. Era chegada a altura de lhe tirar a pele, que bem vendida, sempre dava para comprar mais uns bons maços de tabaco.
Mal se apanhou no chão, ala que se faz tarde...foi vê-la esgueirar-se pela rua do fundo do lugar, rapidamente perseguida pelos cães que só a conseguiram apanhar já depois da casa da Celeste.
Tinha enganado o caçador, só não conseguiu enganar os cães que se mantiveram atentos à sua matreirice e, não fossem eles, o Zé "Cainadinha" lá ficava por mais algum tempo sem dinheiro para o tabaco.

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

A Tarimba

Antigamente os agregados familiares eram numerosos e as casas de habitação exíguas. Muitas das habitações ficavam-se pelo quarto do casal não havendo condições mínimas para os filhos poderem dormir também debaixo do mesmo tecto. Para suprir a falta de quartos eram montadas tarimbas nas cortes dos animais onde passavam a dormir dois ou três filhos.
A foto acima reproduz uma tarimba que se encontra no museu do Carvalhal tendo ao seu lado objectos que, na vida real bem podiam decorar "o quarto das crianças e jovens" da aldeia, há cerca de 40 a 50 anos atrás - O cabresto, o candeeiro a petróleo, as cordas, a albarda, a trunfa, o corno, os jugos e ferraduras.
Ao fundo uma foto muita antiga do Manuel Gil e a sua junta de vacas.
Vá ao Carvalhal e visite o seu museu.

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

De atalaia

Desde criança que olho para a altivez desta casa. Situada num ligeiro planalto, as suas vistas estendem-se a nascente por todo o planalto da margem esquerda da Ribeira das Cabras onde se situam aldeias como Freixo, Azinhal, Aldeia Bela, que antigamente era conhecida por Chavelhas, Peva e outras. Avista-se, ainda em segundo plano a vila de Almeida e "entra-se" por Espanha até à serra de Penha de França. A a sul aprecia-se a sede da freguesia Atalaia, em especial o Calvário, a norte, bem mais protegido dos ventos, espreita o povoado do Carvalhal e a poente, as vistas podem ir desde as eiras de Antão, encosta dos Vale de Barreiros, Murtórios e tantos outros lugares agrícolas do Carvalhal.
É, sem dúvida, a casa de habitação do Carvalhal, que melhores vistas tem de toda a paisagem que circunda a aldeia.
Antigamente conhecida pela casa do ti Joaquim Marques, primitivo proprietário, há já bastantes anos foi adquirida pelo amigo Joaquim Ribeiro que se tornou "filho adoptivo da terra" e que é hoje uma figura de referência que muito se tem dedicado à valorização do património do Carvalhal.
Lá no alto, exposta aos fortes ventos de Inverno que sopram, por vezes gélidos, fica altiva a casa do Ti Ribeiro.
Direi que está de atalaia, mas... no Carvalhal.

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Por do Sol

Depois de muita ansiedade, finalmente o horizonte beirão.
8 de Agosto. Alguns dias de férias na "terra" do pai tinham começado.
É bom sentir que filhos vivem com prazer as paisagens e lugares que foram o nosso berço.

Baptizado do Rafael Gil


Realizou-se ontem o baptizado do nosso filho Rafael Gil.
A cerimónia religiosa decorreu na Igreja de Fernão Ferro e o almoço na Quintinha dos Noivos, Quinta das Laranjeiras, Fernão Ferro.
Aos padrinhos Fátima e Samuel e a todos os convidados o Rafael manda um beijinho de agradecimento por terem compartilhado com ele este dia especial.
Fátima e Zé

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Guardar o que é nosso.

Damos como certo que mais mês, menos mês, dar-se-á inicio ao calcetamento das ruas do Carvalhal em cumprimento e execução de uma empreitada lançada pela Câmara Municipal de Pinhel.
Como a foto acima documenta, no Carvalhal estão depositados, há mais de 30, anos alguns milhares de blocos de granito que se destinavam ao calcetamento das ruas; o que até hoje nunca chegou a acontecer.
O tempo foi passando tendo desaparecido parte do material aí depositado mas, uma parte ficou.
Estamos certos que o valor da empreitada actual não levou em linha de conta a existência desses blocos, tendo o preço reflectido a totalidade da aquisição dos blocos necessários ao calcetamento das ruas e "avenidas" da aldeia.
Aqui fica o alerta ao Senhor Presidente da Junta de Freguesia para que os blocos que a foto documenta não sejam utilizados pelo empreiteiro quando der inicio ao calcetamento das ruas e assim poupe na aquisição de material que, com toda a certeza, facturou ao Município.
Os blocos que estão depositados no Carvalhal há várias décadas deverão ser guardados pela Junta de Freguesia que os deverá utilizar em futuras obras de manutenção e conservação ou em pequenos arranjos que se mostrem necessários; nomeadamente, em locais que porventura não estejam previstos calcetar ao abrigo da actual empreitada já adjudicada.
Aqui fica o alerta.

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Os franceses acamparam no Carvalhal?

Em 1810 os franceses entram na vila de Almeida comandados pelo Marechal André Massena. Era o inicio da conhecida terceira invasão francesa. O assalto à praça fortificada deu-se a partir do momento que os invasores conseguiram fazer explodir o paiol de pólvora da praça militar que provocou a destruição do castelo e a morte de mais de meia centena de defensores.
A história oficial fala de praça militar de Almeida, mas o certo é que o exercito invasor não podia ter estado só em Almeida, deslocou-se mais tarde em direcção ao Buçaco onde veio a sofrer pesada derrota.
Por onde passou?
Antes de ter conseguido ocupar Almeida ficou "estacionado " junto à fronteira ou contornou a vila e ocupou os povoados limítrofes?
Qual a relação histórica do Carvalhal com a passagem dos franceses em direcção ao Buçaco?
A conhecida estrada Realenga que subia as Lapaceiras, vinda das Poldras em direcção à casa do Joaquim Ribeiro, continuando por aquela que é hoje a estrada do Carvalhal - Atalaia poderá ter sido a "auto estrada" que os franceses utilizaram para deslocar a artilharia pesada rumo ao Buçaco.
Não sou historiador e não sei o que efectivamente terá acontecido. Contam os mais antigos que o exército francês terá estado acampado por cima do armazém do ti Manuel Pereira; terá arrasado muitas das casas do povoado, restando apenas a casa que é hoje dos herdeiros do ti António Sebastião.!?...
Como testemunho histórico estão guardadas no museu do Carvalhal diversos tipos de granadas encontradas nas redondezas.
Vá ao Carvalhal e visite o seu museu onde poderá apreciar as granadas que vê na foto.

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Esquilos no Carvalhal


Por volta das 10.00h da manhã do dia 11/08/2008 dirigia-me na companhia da Fátima em direcção a Pinhel. Depois de percorrer a recta do cavaleiro e começar a descer em direcção à Sarça, vejo à distancia um pequeno vulto na estrada. Reduzo a velocidade e vou-me aproximando. Paro a viatura a escassos metros do bichinho que continuava impávido e sereno no meio da estrada. Procuro nos bolsos e, por azar, não estava munido de máquina fotográfica nem do telemóvel.
-Que chatice!!!
Era um momento único para poder registar o que julgava ser impensável.
O bichinho, depois de perceber que não ia ser fotografado, deslizou calmamente para o lado esquerdo da estrada, subiu para as pedras que a foto acima documenta e, muito serenamente sumiu-se entre as rochas...
-Nem queria acreditar.
Afinal há esquilos no Carvalhal!!!
Mais tarde, já na aldeia, contei o sucedido e fiquei mais satisfeito em saber que já outros tinham visto no Carvalhal os simpáticos esquilos.
Algo está a mudar em termos de fauna na região.
É bom ou mau sinal?
Uma coisa é certa. É agradável saber que estes roedores se passeiam no Carvalhal; resta saber se um dia mais tarde o meu amigo Zé João não terá que inventar novas técnicas de protecção das cerejas, porque se eles gostarem delas, não será o chocalho que os irá afugentar de subir às cerejeiras.

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Mau estado do piso.

Já antes o tínhamos denunciado.
As ruas continuam com mau piso; que o diga o Rafael Gil que das poucas deslocações que efectuou no exterior de casa o seu "carocha" teve grandes dificuldades de movimentação. As rodas ora se enterravam na areia ora empancavam nos pedregulhos que proliferam nas ruas.
Acabou por ter sorte. Não teve nenhum furo, não partiu nenhum amortecedor, não partiu a direcção, mas a verdade é que há ruas no Carvalhal intransitáveis por estes "carochas" e não só...
- Já sei!..
- Fui informado por pessoa conhecedora da situação. O prazo de execução da empreitada de calcetamento das ruas ainda não terminou. Dizem que o empreiteiro ainda tem mais cerca de 8 meses para concluir a empreitada.
Mas de que estamos à espera para concluir a obra se não há nenhum impedimento de facto para que tal aconteça?
Será que à boa maneira portuguesa ainda termina o prazo de execução e empreitada vai ficar por concluir?

domingo, 17 de agosto de 2008

Sou mais velho que Deus...

Sou mais velho que Deus
Mais velho que Deus sou.
Sou mais velho no pecar
Que Deus nunca pecou.



Poema transmitido por Joaquim Oliveira de autor que desconheço.

Concurso de fotografia objectiva Pinhel

Foi com muito agrado que tomei conhecimento através do Boletim Municipal de Pinhel que no quinto concurso de fotografia objectiva de Pinhel, dedicado ao tema "Sabedoria Popular e Medicinas Alternativas" os três primeiros prémios foram atribuídos a gentes ligadas ao Carvalhal. De realçar ainda, segundo o Boletim, que as três fotos foram tiradas no Carvalhal.
1º Prémio - "Fumo de café" - Ana Cristina Antunes Guilhoto

2º Prémio - " Homem condicionando ervas para chás e outras mezinhas" - Vasco Pereira Gaspar

3º Prémio - "Alternativa Saudável" - Ana Cristina Antunes Guilhoto

Parabéns para a Ana Cristina e para o Vasco Gaspar

Para ver as fotos consultar http://www.cm.pinhel.pt/



Festas de S. Sebastião









Decorreram nos dias 8, 9 e 10 de Agosto as tradicionais festas em honra de S. Sebastião. À noite decorriam animados bailaricos no recinto de festas, agora com novo piso e onde se estragam menos solas de sapatos. Perderam os sapateiros, ganhou a carteira dos foliões. Um bom local para os mais novos fazem a sua estreia; que o diga o Ricardo Gil que depois de muito assediado por uma "francesinha" lá se convenceu a dar à perna ao som da música.
O torneio de futebol onde participaram as equipas de Valverde, Atalaia, Lamegal e Carvalhal foi ganho pela equipa da casa que venceu o Lamegal por 1-0 na final. Todos os jogos decorreram em ambiente de festa e desportivismo, ainda que a rapaziada do Lamegal, no jogo da final, tenha manifestado algum desagrado pela arbitragem, que apelidaram de caseira.
Teriam razão?
- Deixo a resposta para os comentadores desportivos que estavam no estádio.
O passeio BTT teve uma adesão relativamente baixa; julgamos, no entanto, que a iniciativa se dever manter para ganhar espaço e importância no futuro. A relação do desportista com a natureza deve ser estimulada.
Não faltaram jogos tradicionais, da raioula, ao ferro, passando pelo jogo da corda.
Registamos a desilusão daquele que durante um ano se treinou na varanda da sua casa na Póvoa de Santa Iria, mas que quando chegou à hora da verdade, não conseguia colocar a "moedinha" em cima da tábua.
- Quem terá tido tão mau desempenho desportivo? Perdeu a taça, mas está de parabéns porque foi um grande angariador de taças que foram distribuídas por outros.
- Claro que nos referimos ao amigo Paulo da Maria Águeda que, no seu jeito de apresentação, lá nos foi dizendo que ia ser o maior no jogo da raioula, mas quando entrou em jogo, ou por nervoso miudinho ou por stress de competição, era vê-lo a falhar pontos...
Aos mordomos da festa - Aníbal Oliveira, Paulo Marques, Berto Caldeira e Tó Ribeiro os meus parabéns pela dedicação à causa. São todos filhos adoptivos do Carvalhal mas mostraram que esta aldeia lhes está no coração.
São novos mordomos - Jaime Pontinha, Carlos Pontinha, Paulo Sol e Manuel Guilhoto. Por razões que só ele sabe, o Leopoldo Amaral declinou em ser mordomo.

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Onde estão os cintos?

Foto tirada no dia do casamento do António Paulo e da saudosa Natália Amaral, amigos de infância e meus colegas de turma na 4ª classe.
Mas o que faltava a estes "aprumadinhos" da foto?
- Faltava dinheiro para comprar cintos para as calças... e tecido nas gravatas.
Como eles eram!!!

sábado, 2 de agosto de 2008

Grupo Jogral da Escola Técnica de Pinhel

Da esquerda para a direita
Quim, mais conhecido por "Estica", Carmindo, Gouveia, Helena, Célia, Tomázia, Marques, Correia e Zé Gil.
Grupo Jogral declamando poesia no Cine Teatro S. Luís em Pinhel no início da década de 70.
Infelizmente também já não está entre nós o grande amigo Correia das Gouveias que chegou a Major da Guarda Nacional Republicana, Brigada de Trânsito.
Todos os antigos alunos da Escola Técnica de Pinhel se recordarão do amigo António dos Santos Correia do Curso Comercial; um amigo de todos os colegas e que na época já se montava numa motorizada Honda de motorização muito silenciosa, que era um luxo, quando comparada com as ruidosas Zundap, Famel e outras...

Os Freixos


Árvores de folha caduca muito abundantes no Carvalhal, principalmente no vale a nascente do povoado que se estende desde as primeiras casas até à Ribeira das Cabras.

Quem não chegou a dormir uma boa sesta à sombra de um freixo no pico do Verão?

A sua rama era manjar para todo o gado bovino, lanígero, caprino e muar, razão porque era hábito desgalhar os freixos para dar de comer ao gado, servindo a lenha desgalhada, mais tarde e depois de bem seca, para alimentar as lareiras que, por todo o Inverno, procuravam contrariar as baixas temperaturas que se instalavam nas casas, a maior parte delas, com notória falta de conforto.

Porque estamos em pleno Verão peço aos leitores que desfrutem a frescura da foto

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Onde param estes meliantes e antigos alunos do curso de electromecânica na Escola Técnica de Pinhel?

Dois dos amigos que estão nesta foto, infelizmente já faleceram.
Aqui fica a minha homenagem para o Artur de Gamelas, compincha de muitas aventuras, mais vocacionado para galantear donzelas do que para as obrigações de estudante exemplar e o meu querido amigo Adalberto, jovem de aprendizagem fácil, sempre disponível para ajudar.
Onde andam os restantes?
O Zé Vicente rumou ao Brasil. Vive hoje em S. Paulo.
O Carlos das Freixedas goza a sua reforma de técnico de aeronáutica na Povoa de Santa Iria na companhia da sua esposa e sempre amiga Helena.
O Alexandre, que sabia mais de arte de oficina que o nosso presunçoso mestre, vive na Guarda.
Quem sabe dos restantes?
Para quando um almoço em Pinhel com a rapaziada e as meninas que frequentaram a Escola Técnica de Pinhel nos tempos já distantes da década de 70?

O Cavaleiro

Uma das especialidades apregoadas pelo nosso amigo Bonifácio, é que era um exímio cavaleiro. Aprendeu esta arte de bem cavalgar toda a sela, com os belos exemplares que possuía na sua enorme xácara nas longínquas terras de Vera Cruz.

Na nossa aldeia, como amostra da raça equídea, possuía uma burra preta de sangue afinado, e, assim que o dono lhe saltava para o pêlo, a velocidade era sempre a do galope. Era ver o Bonifácio de braços abertos com o inseparável chapéu de feltro preto bem enfiado nas orelhas, incitando com gritos o animal, percorrendo vertiginosamente o estreito e sinuoso caminho em direcção à cozinha do azinhal, desaparecendo num ápice rumo às olgas do Bico.

Ora numa bela e quente tarde de verão, estava o pessoal sentado no largo do Oitão a gozar a sombra à beira da casa do tio Zé Jaime, quando na curva do caminho junto à casa do Joaquim Oliveira surgiu o Bonifácio e a sua montada em louco galope, demonstrando assim a sua destreza nesta arte de bem cavalgar. Eis senão que por artes do demo, a burra que tinha tanto de afinada como de espantadiça, cravou as patas dianteiras no chão, alçou as carchanetas e …zás …lá sai disparado o Bonifácio, qual disco voador, pelas orelhas empenichadas da burra, pespegando-se violentamente contra o chão. Que malhadão!....

A burra assustada saltou por cima do cavaleiro e em louca correria dobrou a esquina em direcção à corte das vacas. Num repente, deslocou-se o pessoal para o local onde já o Bonifácio desfeito do susto inicial sacudia o pó do corpo e enquanto apanhava o chapéu disparou alto e bom som:

-Aprendei como se cai, que eu não duro sempre!....

Limpou melhor as mãos sujas de terra, reactivou a pirisca ao canto da boca e ainda meio cambaleante e aturdido pela queda, passou altivo pelo meio da gentiaga, e lá foi à procura da burra, que já sabia que de umas valentes varadas não se livrava.


Autor: Joaquim Amaral