quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Os manos com o primo

Ricardo Gil, Rafael Gil e Guilherme Oliveira

sábado, 12 de novembro de 2011

Colomiers



Uma recordação familiar.



sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Histórias do Carvalhal - por José Pereira



Comentários ao livro “Pinhel – O Coração Tem Memória” do autor, Dr. Abel Simões Virgílio


1. Li o livro de um só fôlego, como se costuma dizer. E, gostei do livro (já conhecia as crónicas que foram publicadas no jornal Pinhel Falcão). O autor revela um conhecimento profundo do concelho de Pinhel, designadamente da cidade, suas gentes e costumes. Apreciei o gesto do autor, que embora não sendo natural do Carvalhal nem aí tenha vivido demoradamente, ao que me consta, contribuiu para a Associação… com a oferta de 200 exemplares do livro, dando e assim um grande contributo para que a nossa terra não passe ao esquecimento.

2. O facto que vou relatar, foi-me contado por um dos intervenientes, o meu tio Manuel Augusto Amaral, e passou-se no Carvalhal.
Em tempos que já lá vão, numa manhã fria de Inverno, o ti Manuel Augusto dirigiu-se a casa do ti Manuel Simões, a fim de acertarem o arranjo do carro de vacas que necessitava de ser composto.
Ao chegar à porta de casa, chamou pelo dono, e este veio abrir a porta juntamente com o cão chamado “Morete”. O cão rosnou e mostrou os dentes, e o ti Manuel Simões repreendeu-o dizendo-lhe: “Morete”, não se faz mal ao Manuel Augusto, que é amigo”. O cão obedeceu e regressou ao seu lugar, ou seja, foi deitar-se para debaixo da mesa da cozinha, junto da fogueira. Aqui chegados, o ti Manuel Augusto disse para o ti Manuel Simões: tens o cão bem treinado.
O ti Manuel Simões respondeu: Oh Manuel, o meu “Morete” é mais inteligente do que algumas pessoas do Carvalhal. Se eu lhe disser: “Morete” hoje vais com o Zé; podem sair de casa o António, a Irene e a Felizarda, que o “Morete” aguarda que a Irene saia para a acompanhar. O ti Manuel Augusto disse: não sabia que o teu cão é assim tão esperto. Ao que o ti Manuel Simões respondeu: é mesmo assim, e para que vejas, hoje o “Morete” vai com a Irene.
Saiu de casa o Zé, e o cão permaneceu deitado onde estava; de seguida saiu a Irene, e o “Morete” não fez o mínimo sinal de se levantar para a acompanhar.
O ti Manuel Simões ao aperceber-se que o ti Manuel Augusto tinha dado pela desobediência do “Morete”, disse:lhe: Manuel, o “Morete” é como as pessoas, hoje está com a telha e apeteceu-lhe ficar onde está; o que se há-de fazer? Olha, como é cão, leva uma vida melhor que nós.

3. Uma outra situação passou-se entre o ti Acácio Simões e o Manuel Gil, na cidade de Pinhel, e não resisto à tentação de a contar, para que outros possam deliciar-se também com o sentir dos nossos antepassados.
Era uma segunda-feira, e logo de manhãzinha o Manuel Gil já subia o Vale dos Barreiros a caminho de Pinhel, quando se cruzou com o ti Manuel Simões, que lhe perguntou se ia a Pinhel. Perante a resposta afirmativa, disse-lhe: se vires lá o meu irmão Acácio, diz-lhe que não se esqueça que no sábado vamos trabalhar para o Pereiro compor o carro do ….
O Manuel Gil, ao entrar na Rua Direita em Pinhel, viu de costas o ti Acácio, e chamou-o várias vezes em voz alta: Oh ti Acácio; Oh ti Acácio;…. Mas o ti Acácio seguiu rua abaixo, muito direito na sua nova pose de homem rico, e nem para trás olhou, quanto bem responder a quam o chamava. O Manuel Gil apressou o passo, e quando alcançou o ti Acácio, disse-lhe: Oh ti Acácio, venho lá do cima da rua a chamá-lo e não me responde? Ao que este disse: desde quando é que se trata por tu um homem que ainda há dias herdou 180 contos no Manigoto? Dobra a língua, pois sou o Sr. Acácio Simões.

Oeiras, 2011.10.24
Zé Pereira

domingo, 23 de outubro de 2011

3º encontro/convívio dos Amigos do Carvalhal








Realizou-se no dia 22 de Outubro de 2011 o 3º encontro dos Amigos do Carvalhal. O almoço decorreu no restaurante Quinta do Almirante, junto à ponte Frielas, Loures.
Estão de parabéns os organizadores, Abel Carlos e Milu, que além de nos terem proporcionado uma muito boa ementa conseguiram a presença de 94 amigos, sem contar com as crianças.
Os organizadores entregaram ainda à Associação dos Amigos do Carvalhal um donativo de €: 95,00.
Como ponto alto deste encontro foi a presença do Dr. Abel Simões Virgílio que falou sobre o livro que editou recentemente "Pinhel - O coração tem memória" e do qual já tinha oferecido 200 exemplares para a nossa associação.
Foram vendidos no almoço 72 exemplares que o autor, amavelmente, autografou; o que constituiu mais uma receita significativa para a associação. Mais uma vez os nossos agradecimentos ao Dr. Abel Virgílio pela sua amizade ao Carvalhal.
O 4º encontro está já marcado para o dia 20 de Outubro de 2012, encarregando-se da sua organização e promoção os amigos Manuel Paulo e Samuel Matias Amaral.

domingo, 16 de outubro de 2011

Faleceu o José Rebelo.

Tomei conhecimento através do blog Largo das Moreirinhas que tinha falecido em França o José Rebelo. À família enlutada apresento os meus sentidos pêsames.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

É já no dia 22 de Outubro

Caros Amigos do Carvalhal
O dia do 3º Encontro dos Amigos do Carvalhal é já no próximo dia 22.
Não se esqueçam de fazer as vossas inscrições junto do Abel Carlos ou da Milu.
Até breve

Jovens arquitectos portugueses expõem em Nova Iorque | P3

Jovens arquitectos portugueses expõem em Nova Iorque P3

Parabéns ao Arquitecto João Escaleira Amaral filho dos meus amigos Leopoldo Amaral e Piedade Escaleira.
Desejo-lhe o maior sucesso para a sua carreira profissional

domingo, 25 de setembro de 2011

Sinais dos tempos

A ponte do Bico


Não há cearas, malhas, palheiros para fazer
Não há vacas, burras, cabras e ovelhas, a passar
Não há olgas, batatas e nabais para semear
Mas há salgueiros a galgar...

sábado, 17 de setembro de 2011

Poema do António Lourenço (3)

Nossa Senhora apareceu
A pastores, quem diria
E todo o mundo conheceu
O lugar "Cova da Iria"

Mas, a Maria protectora
Virgem desde pequenina
De Portugal salvadora
Tornou-se peregrina

E de tanto correr mundo
De tantas cidades ver
Viajou pelas aldeias
Ao Carvalhal veio ter

E o Carvalhal pequenino
Acolheu-te oh Imaculada
Para o que tu representas
A nossa fé não é nada

Mas esperamos que tomados
Pelo teu exemplo, Maria
Sejamos por ti lembrados
A qualquer hora do dia

Esta tua visita
Sempre havemos de lembrar
Te prometemos oh Virgem Maria
Sempre havemos de rezar

Rezar cá dentro de nós
Com sentimento profundo
E suplicar-vos a Vós
Maria. Dai paz ao mundo

Quando isso acontecer
A nível universal
Maria não esqueças
A aldeia do Carvalhal

Que apesar de pequenina
E pouca gente ter
A Vós, oh Virgem Divina
Nunca mais vai esquecer

E na hora do Adeus
Nós te dizemos também
Pedimos perdão a Deus
Rogai por nós Virgem Mãe

O povo do Carvalhal
Despede-se de ti Virgem Mãe
Se cá não puderes voltar
Tu nos mandarás chamar
Com os anjos e arcanjos
Na corte celestial
Senhora vos deixamos convidada
Para no dia do Juízo
Seres a nossa Advogada





quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Poema do António Lourenço (2)



Eu nasci numa aldeola
Que nem no mapa vem
Mas para mim é igual
É uma aldeia bonita
Airosa e bem catita
Chama-se Carvalhal



É uma aldeia antiga
Segundo reza a tradição
E em determinada altura
Por alguns abandonada
Mas a gente desta terra
E alguns andaram na guerra
Orgulha-se do seu passado



Já foi muito habitada
Hoje é mais visitada
Por gente que está ausente
Não são só os filhos da terra
Porque quando são chamados
Mesmo alguns integrados
Para qualquer evento
Respondem sempre presente



O actual presente
Para quase toda a gente
Já é pesado e duro
Mas temos que ter a esperança
Que haja uma mudança
E confiar no futuro



Carvalhal tem mais encanto
Na hora de conviver
Todos são bem recebidos
Enquanto gente tiver



Carvalhal terra tão linda
Como ela não há igual
Não te esqueças de voltar
A esta terra bonita
Pois quem a visitar
Dela enamorado fica

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Poema de António Lourenço -1



Uma aldeia pequenina
Viu nossos passos primeiros
Oh! que saudade eu tenho
Desses tempos tão trigueiros

Desses tempos tão trigueiros
Que para tudo chegavam
Desses dias tão fagueiros
Que tão depressa passavam


Que tão depressa passavam
Como nós havemos de passar
Mas isso não impediu
Que eu te viesse a amar

Que eu te viesse a amar
E não fui correspondido
Mas esse amor foi tão grande
Que não pode ter morrido

Que não pode ter morrido
Nem nunca morrerá
Porque este meu coração
Para sempre te amará

Para sempre te amará
Mesmo sem tu me amares
Resta-me ainda a esperança
De mim um dia gostares

Se tu um dia me amasses
Eu seria tão feliz
Mas isto tudo são sonhos
Deste que tanto te quis


Deste que tanto te quis
Dono de um amor quase morto
E que te ama tanto, tanto
Como te não amará nenhum outro


Como te não amará nenhum outro
Nem que dês a volta ao mundo
Não encontrarás jamais
Outro amor tão profundo

Tão profundo como este
Não encontrarás jamais
Porque um amor como este
Nasce e não morre mais

Nasce e não morre mais
Porque não pode morrer
Tem mesmo que subsistir
Depois de tanto sofrer

Depois de tanto sofrer
Hei-de ter a recompensa
Ou talvez passe a vida
Sofrendo a tua indiferença

Sofrendo a tua indiferença
E talvez o teu rancor
Mas isso só servirá
Para aumentar este amor

Para aumentar este amor
Ou para o dissolver
Pois eu saberei esquece-lo
Só para não te ver sofrer

Para não te ver sofrer
Eu daria a minha vida
E a tentar esquecer-te
Passo a vida, noite e dia

Passo a vida, noite e dia
E esquecer-te não consigo
Porque a tua bela imagem
Essa anda sempre comigo

Essa anda sempre comigo
Sempre e a cada momento
Pois tu és a mulher
Sempre no meu pensamento

Sempre no meu pensamento
Sempre no meu coração
Que não apagará jamais
O fogo desta paixão

O fogo desta paixão
Ficou gravado a letras de oiro
Porque eu não posso esquecer-te
Tu que foste o meu tesoiro

Tu que foste o meu tesoiro
Mas um dia foi embora
E deixas-te arruinado
Este coração que chora

Este coração que chora
E um dia venha a rir
Pois há-de vir o dia
Que em ti venhas cair

Que em ti venhas cair
Dês outro rumo aos teus passos
Que voltes para mim
E venhas cair nos meus braços

Venhas cair nos meus braços
Venhas ter ao meu caminho
Para amar e ser amada
Com muito afecto e carinho

Se um dia chegares a ler
Estes versos como eu
Talvez queiras saber
Quem foi que os escreveu

Quem foi que os escreveu
Já tu deves ter calculado
Pois foi aquele que sempre
Passou por teu namorado

Passou por teu namorado
Sem nunca o ter sido, afinal
Teve a fama mas não o proveito
Quando os dois estávamos no Carvalhal

Quando estávamos no Carvalhal
Que é onde eu pertenço
Não deve ser preciso mais
Sou o António Lourenço

sábado, 3 de setembro de 2011

Ao amigo e genuino carvalhense




A vida não é o que queremos.

A vida é o que fazemos.

A morte é o que ganhamos.

A imortalidade é o que sonhamos.




Viveste intensamente.

Ás vezes até demais.

Para muitos um exemplo.

Mesmo quando com copos a mais.


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A Ana, sua cunhada, fez-me chegar alguns escritos do saudoso António Lourenço solicitando-me a sua publicação.

É com o maior prazer que, nos posts seguintes, publicarei os poemas deste saudoso amigo.







sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Saudades!!!




Que belos tempos eram estes!!!


Vou tentar identificar a formação:


Em cima, da esquerda para a direita -Horácio Pereira, Vito Amaral, Manuel Simões, Vasco Caetano, Viriato, Amaral e Carlitos


Em baixo, da esquerda para a direita: José Paulo, José Paulo, António Matias, José Gil, José Jaime Gaspar e Joaquim Manuel.




Não sei se está totalmente correta a identificação, mas se alguém quiser protestar, está à vontade. É só comunicar.




Nota: Foto enviada pela Ana Lourenço Pereira, a quem agradeço a amabilidade.

domingo, 28 de agosto de 2011

3º Encontro anual de convivio dos Amigos do carvalhal

Caros Amigos


O 3º Encontro convívio dos Amigos do Carvalhal vai realizar-se no dia 22 de Outubro.

Local: Restaurante "O Almirante" em Ponte Frielas, entre Odivelas e Loures. Se não souber onde fica vá ao google e aí encontrará mapa de localização.

Preço: €25,00

Ementa: Entradas, sopa, bacalhau com natas com salada campestre, medalhoes de porco com molho de queijo, sobremesas, vinhos e cerveja, café, degistivos etc.

Hora de encontro: 12.30h

Responsáveis da organização: Abel Carlos Pereira (abel.p@netcabo.pt) e Milu (mlr@sapo.pt)


Vamos lá colaborar com os organizadores transmitindo-lhe as vossas reservas atempadamente.

Queremos continuar a crescer, mas para isso precisamos da sua colaboração.

Participe e divulgue o evento junto de todos os amigos do Carvalhal.



sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Pinhel. O coração tem memória

Ontem, 25/08/2011, na cidade de Pinhel, em cerimónia presidida pelo Senhor Presidente da Câmara foi apresentado ao publico o livro "Pinhel. O coração tem memória." cujo autor é o Dr. Abel Simões Virgílio, natural da cidade e residente no concelho do Seixal (Vale de Milhaços).

A mãe do Dr. Abel Virgílio era do Carvalhal onde seus avós foram sepultados.

Esta ligação familiar à nossa aldeia motivou já há algum tempo que o Dr. Abel Virgílio se tenha associado à Associação dos Amigos do Carvalhal e demonstrando todo o seu afecto pela nossa terra resolveu ofertar à nossa Associação 200 livros que, com a sua venda sairá beneficiada a sua tesouraria. Só na sessão solene de apresentação foram vendidos perto de 100 livros cuja receita foi dividida entre a nossa associação e a Associação similar do Manigoto onde o Dr. Abel Virgílio tem diversos familiares.

Neste momento é a nossa associação possuidora de perto de 150 livros que a Direcção irá vender junto dos associados.

A obra incide sobre factos e figuras de Pinhel do antigamente e constitui um deleite a sua leitura; não perca a oportunidade de a conhecer.

Em representação da Associação estiveram presentes o Presidente da Direcção, João Paulo Amaral e o Presidente da Assembleia Geral, José Gil. Além destes estiveram presentes o Vasco Gaspar, a Luísa Gaspar e a Justina e, já agora, o Ricardo Gil e duas crianças do Carvalhal, a filha e o sobrinho da Justina.

Ao Dr. Abel Virgílio o nosso profundo agradecimento e a quem irei formular o convite para estar presente no próximo almoço de confraternização dos amigos do Carvalhal a realizar no dia 22 de Outubro.

O relógio, devagarinho, vai voltar a bater.

Caros amigos.
Alimentar um blog exige, dedicação, gosto, disponibilidade. Há gosto. Nem sempre a dedicação está presente e muitas vezes a disponibilidade escasseia.
Esta realidade levou-me a suspender a publicação no blog. Ao longo destes meses muitos foram os incentivos de apoio recebidos das pessoas amigas e não terão faltado factos capazes de preencher diariamente este espaço; mas, a verdade é que fui resistindo à tentação...
É impossível dizer não a quem espera o nosso empenho e contributo na informação de aproximação entre os Amigos do Carvalhal, estejam eles onde estiverem e, por isso, resolvi "desibernar".
Devagarinho, voltarei a dar nova vida a este espaço.
O relógio, que muitos nas suas visitas encontravam sempre parado, recebeu corda e vai voltar a bater.
Apareçam sempre. Este espaço também é vosso.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

O relógio da escola


A direcção da associação está de parabéns. Recuperou o relógio de parede da nossa antiga escola primária dando-lhe uma segunda vida quando já se encontrava moribundo, na muito degrada escola, que continua à espera de ser salva pela intervenção da Câmara Municipal, que teima em não tomar as medidas que se impõem.

sábado, 8 de janeiro de 2011

Natal 2010

















A tradição mantém-se viva no Carvalhal.
A fogueira escaldante na frente com o gelo a invadir-nos pela retaguarda.
Os pratos que vos apresento foram banquete de consoada num lar do Carvalhal e traduzem a manutenção da genuína tradição natalícia.