quinta-feira, 14 de maio de 2009

Não estamos sós




Flores do carvalhal







Sou leitor, nem sempre muito assíduo, do Pinhel Falcão, jornal quinzenal que se publica em Pinhel. Não se deve a falta de assiduidade de leitura a outra causa que não a escassês de tempo; as solicitações de natureza familiar, profissional e de intervenção cívico politica, às vezes absorvem-nos o suficiente para dizermos que o dia tem poucas horas.
Vem isto a propósito de, pese embora, já outras leituras de anteriores crónicas antes publicadas nesse jornal me terem suscitado sinais de que a autora teria bastante afinidade com o Carvalhal, quando li a última publicada e tendo esta feito referência a dois lugares da "folha" pertença da nossa aldeia, pensei com os meus botões de que quem descreve, como descreve, só pode, no mínimo conhecer, para não dizer que se trataria de uma natural.
Ousei contactar por escrito a cronista de que falo, Eneida Beirão que, sob o título de "A feira de Maio" nos recorda alguém, uma criança nascida no Carvalhal que pela primeira vez foi à feira do 1º de Maio em Pinhel com a sua mãe.
Simplesmente bonito, simplesmente um texto que no final da sua leitura pensamos, o Delfim sou eu, tais são as parecenças da personagem com as reacções que também nós tivemos há muitos anos, quando, pela primeira vez saímos do nosso lugarejo e fomos à cidade na companhia dos nossos familiares.
Como disse, contactei a Eneida Beirão que muito amavelmente me autorizou a publicar o seu texto aqui neste blog e, estou certo, irá ser muito apreciado por aqueles que ainda não tiveram a oportunidade de o ler directamente no jornal. Muito obrigado Eneida Beirão.
Poderei referir, julgo sem cometer nenhuma inconfidência censurável, que a Eneida Beirão traduz um pseudónimo de alguém que me confessou no cemitério do Carvalhal estarem sepultados os seus antepassados.
Ela faz-nos sentir que não estamos sós no desejo da perpetuação das vivências ocorridas nesse pequeno nada do planeta, a que deram o nome de Carvalhal, na muito longínqua e muito próxima região beirã de granito agreste.
Logo que possível aqui publicarei a crónica do Delfim que "terá" sido aluno da Dª Aurora, antiga professora que há muitos anos leccionou no Carvalhal e também já aqui referida

1 comentário:

Zé Pereira disse...

Eu li o texto no "Pinhel Falcão" e fiquei tb. com a ideia de que a autora estaria ligada ao Carvalhal. Na verdade, há pormenores que só quem os vive directamente é que consegue transmitir a mensagem na sua essência.
Este comentário é tb para testar as minhas capacidades de adaptação às novas tecnologias.
Zé Pereira