segunda-feira, 18 de outubro de 2010

As semeiteiras do centeio

Se voltássemos atrás 40 anos, por estes dias era vê-los numa azáfama intensa. As terras tinham sido preparadas, lavradas por diversas vezes no ano para nesta altura receberem as sementes do centeio que se iria desenvolver até à época das ceifas lá para meados de Junho.
Era, sem dúvida um dos períodos de labuta mais intensos na aldeia. Recordo as jornas nas trigueiras onde o meu pai e irmãos mais velhos chegavam a andar mais de 8 dias com duas juntas de vacas fazendo as sementeiras.
Havia brio e rigor em que a lavra se fizesse com regos rectilíneos serpenteando os declives do campo.
Deixo aqui a homenagem a dois lavradores que segundo se dizia, na época, serem dos mais perfeitos e que se degladiavam entre si na disputa do reconhecimento colectivo. O António Rocha e o António do ti Zé Joaquim.

1 comentário:

Anónimo disse...

È verdade que nessa época, havia um certo brio a tudo o que rodeava a agricultura,e é verdade que as pessoas que mencionas,mesmo se não estão na boa ordem, eram dos que nesse tempo faziam parte do élito dos lavradores do Carvalhal, e eu diria,mesmo dos arredores;mas não podes esquecer-te que num pòdio,à sempre um terceiro lugar e nesse trio tinha lugar um certo Sr.que se chamava Joaquim Jerònim.Não estas de acordo?...Eu acho que no Carvalhal todos aqueles que o conheceram diriam que foi o maior artiste da nossa aldeia e não sò, mas tambèm um dos mais briosos agricultores do Carvalhal.Para terminar, eu diria simplesmente,sim este trio,eram os melhores.